Divertidamente. Esta palavra representa bem o que é assistir ao novo filme da Disney Pixar que leva este mesmo nome. O filme traz uma temática que agrega todos os públicos, sobretudo as crianças que, se reconhecem mais facilmente com os personagens. Querer saber o que se passa na cabeça das pessoas é o nos que propõe esta animação.
O cenário é o centro de controle que está localizado dentro da mente de Riley, uma garota de 11 anos. Na cabeça da menina, existem cinco sentimentos ou emoções que trabalham o tempo todo para manter o equilíbrio. A chefa do grupo é a Alegria – voz de Amy Poehler – que, de maneira muito otimista buscar trabalhar com o que há de melhor na vida de Riley. O Medo na voz de Bill Hader cuida de tudo para que a menina não se meta em encrencas. O Raiva é interpretado por Lewis Black e deseja que haja justiça em tudo. Tem a Nojinho na voz de Mindy Kaling, ela evita que a menina possa ser envenenada de alguma forma, seja de forma física, mental ou socialmente. A Tristeza – Phyllis Smith – é o contraponto da Alegria e por isso, ambas estão sempre em conflito.
Tudo está tudo bem até que a família de Riley se muda para uma cidade desconhecida e chata. As emoções todas então entram em ação para ajudar a garota neste período de impacto a ela, mas por um incidente, Alegria e Tristeza são levadas do nada para o interior da mente de Riley e com isso, levam algumas lembranças esenciais. Enquanto, isto acontece, outra confusão acontece no centro de controle, porque o Medo, o Raiva e a Nojinho acabam assumindo todo o comando. Tristeza e Alegria passam em lugares desconhecidos, como Memória de Longo Prazo, Terra da Imaginação, Pensamento Abstrato e Produções de Sonhos tudo para retornarem em paz à mente da menina.
Enfim, o filme já repercute em grande escala, mesmo antes da estreia nas salas de cinemas brasileiras, pois é uma grande produção esperada pelo público e pelos cinéfilos atentos aos lançamentos.
A trama é criativa e trabalha muito bem com a questão do imaginário. Os personagens são divertidos e engraçados, além de se adaptarem muito bem com toda a história. Mesmo sendo malucos e atrapalhados, são capazes de trabalhar em conjunto sempre procurando melhorar a vida da protagonista. Uma mensagem legal que o filme passa pode ser relacionada com a questão do “bullyng”, como no caso da Tristeza que é a personagem mais estranha, por ser a mais diferente de todas e por possuir características que ninguém gosta muito, mas que ainda assim é agregada a todo o conjunto de emoções e é justamente com ela que a Alegria trabalha mais de perto.
O cantor Sidney Magal aparece também. Ele vive um piloto carioca um tanto sensual. A voz inconfundível do cantor não passa despercebida. No mais, as cenas são bonitas e bem elaboradas e retratam a beleza da natureza, até mesmo os vulcões.
O filme ganha por várias coisas, sobretudo por conseguir transformar algo tão complexo como as emoções em uma coisa acessível e simples, e ainda por cima diferencia-las por cores.
E como uma surpresa inesperada, nos créditos, aparece o que se passa na mente de um gato, de um cachorro. E de… mais alguns animais.