Game of Thrones – Episódio 4×01 – Two Swords

two-swords

Duas espadas. Dois destinos. Duas famílias. Duas histórias. Foi esse o ponto de partida que deu início a quarta temporada de Game of Thrones, uma das melhores séries da atualidade que está sendo exibida aos domingos pela HBO. Como se fosse um jogo de xadrez, o primeiro episódio mostrou os primeiros movimentos dos jogadores, logo após a repercussão do banho de sangue do Casamento Vermelho. E as primeiras imagens ditam logo de cara o destino das duas famílias. A espada de Ned Stark (Gelo), sendo fundida e reforjada em duas lâminas para os Lannisters, mostra o declínio de sua casa e a consolidação dos leões no poder.

Poder este que, apesar de consolidado nas mãos de uma única família, não é tão seguro assim, já que os membros da Casa Lannister não se entende. Jaime, que terá que reaprender a lutar com a sua outra mão, se recusa a abdicar do seu posto na Guarda Real para assumir o lugar do pai em Rochedo Casterly. Cersei se indigna e briga com a “demora” do seu irmão-amante em voltar ao lar. Jaime ainda tem sua habilidade com a espada questionada pelo “filho-sobrinho” – o rei Joffrey Baratheon – que duvida da capacidade do seu “tio” em protegê-lo, por causa da sua amputação.

E se as coisas não andam boas para os perfeitos Lannisters, imagina como está a situação do pequeno Tyrion. Ignorado pelo pai, odiado pela irmã, debochado pelo sobrinho, ignorado pela esposa e posto contra a parede pela amante, o Duende ainda tem que cortejar um visitante nada amigável, o príncipe Oberyn Martell (também conhecido como a Víbora Vermelha), de Dorne, que vem para o casamento real representando o irmão Doran. A visita, além de inesperada, é preocupante, pois a razão não é celebrar o matrimônio de Joffrey com Margaery Tyrell, e sim se vingar da morte de sua irmã Elia, assassinada por Gregor Clegane (A Montanha que Cavalga).

E se as coisas estão difíceis em Porto Real, elas estão piores bem mais ao norte, com os selvagens de Mance Rayder se aproximando cada vez mais da Muralha para guerrear, enquanto os membros da Patrulha da Noite perdem tempo questionando a lealdade do pobre Jon Snow. O julgamento do bastardo Stark foi um dos pontos altos do episódio de estreia da quarta temporada.

Em Meereen, as coisas estão bem mais quentes do que na Muralha. Daenerys observa seus dragões crescerem, enquanto tenta solidificar seu exército para recuperar o Trono de Ferro. Mas enquanto avança para conquistar as cidades vizinhas e libertar outros povos escravos, ela esbarra na fúria de outros escravocratas que vão matando e expondo os corpos das pessoas que ela poderia salvar. Para dificultar mais um pouco a vida da mãe dos dragões, seus filhotes começam a se rebelar, principalmente o feroz Drogon, que fica cada vez mais independente.

E como tudo em Game of Thrones é imprevisível, talvez as “duas espadas” do título não se refiram aos Lannisters e sim aos Starks, com a pequena Arya recuperando sua Agulha matando o homem que a roubou na segunda temporada, quando matou seu amigo Lommy. A pequena loba, ao lado do seu novo amigo Cão de Caça, deixou a meninice de lado e se tornou uma verdadeira guerreira, mostrando que a frieza de suas terras estão presente também em suas veias.

Enfim, foi uma bela estreia, sem grandes consequências ou grandes batalhas (exceto a briga do Cão no taverna onde Arya recuperou a Agulha), mas um episódio consistente, firme e bem amarrado. Um belo pontapé inicial de uma temporada que terá várias reviravoltas. O inverno está cada vez mais próximo.